Dia da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina 2019

No dia 6 de fevereiro assinala-se o Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina.

Esta prática, reconhecida como uma violação de direitos humanos em 2012 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, constitui uma gravíssima ameaça à saúde, bem-estar, integridade, dignidade e autoestima de raparigas e mulheres.


A mutilação genital feminina, realidade presente em mais de 30 países do continente Africano e do Médio Oriente, radica numa evidente e assumida desigualdade de género, configurando um propósito de controlo da sexualidade da mulher associada a ideias muito questionáveis do conceito de pureza e de honra.


O facto de ser uma prática ancestral que antecede o cristianismo e o islamismo, não resultando, por isso, de nenhum preceito religioso cristão ou muçulmano, não pode e não deve merecer qualquer atitude de complacência, pois nada justifica que seja enquadrada no campo das tradições culturais das populações que a praticam.


É uma prática desumana, cruel e desrespeitadora da integridade da outra metade da humanidade, causadora de um enorme rol de problemas evitáveis, que vão desde hemorragias, infecções, problemas urinários e infertilidade a complicações muito graves no parto e risco de morte natal, a que urge por um ponto final.


Não se destrua o que a natureza criou!

Equipa EPS do AEJD  

Cartaz