Dia Mundial do Sono 2022

Na próxima sexta-feira, dia 18 de março, assinala-se o Dia Mundial do Sono, celebrado anualmente na sexta-feira anterior ao equinócio da Primavera.

Com esta celebração pretende-se chamar a atenção para a importância do sono na manutenção do bem-estar físico, mental e social das pessoas, seja qual for a sua idade.

É hoje aceite sem qualquer dúvida que a qualidade do sono constitui um fator fundamental da saúde, a par da estabilidade emocional e de hábitos alimentares que assegurem uma alimentação completa, variada e equilibrada, não esquecendo, igualmente, a prática regular de exercício físico.

O velho adágio popular “Deitar cedo e cedo erguer, dá saúde e faz crescer” é bem elucidativo de que, mesmo que empiricamente, as populações estão cientes que dormir mal não é saudável e terá consequências na sua qualidade de vida presente e futura.

Dormir bem é condição fundamental para crescer bem e envelhecer melhor, possibilitando a existência de pessoas saudáveis, equilibradas, produtivas e felizes, capazes de aproveitar plenamente os momentos bons da vida.

Estudos científicos evidenciam que os distúrbios do sono contribuirão de modo significativo para problemas de saúde como a obesidade, a diabetes tipo 2, a hipertensão, o enfarte agudo do miocárdio e a disfunção erétil.

No que respeita à problemática do sono, pode dizer-se que o nosso tempo não é para quem goste de dormir bem, atestado pelo facto de 45% da população mundial ser afetada por distúrbios de sono e, relativamente ao nosso país, as estimativas indicarem que um em cada quatro dos portugueses sofre de insónia crónica.

Dados de 2019 referem que quase metade dos portugueses com idade igual ou superior a 25 anos dorme menos de 6 horas por dia, manifestamente abaixo do recomendado que vai de sete a nove horas.

Um quotidiano feito de correrias contra o tempo, onde o stress é rei e senhor, constitui o caldo de cultura ideal para o desencadear de distúrbios do sono. Como um mal nunca vem só, ao stress juntou-se, nos últimos dois anos, a pandemia da covid-19, com a consequente redução da atividade física e da exposição solar, a que se juntou a irregularidade de horários e o aumento da exposição a ecrãs, circunstâncias decorrentes do confinamento.

A privação de sono associada a muito trabalho pode constituir uma mistura explosiva traduzida em dificuldades na tomada de decisões e pior desempenho no trabalho.

Também o sistema imunitário não escapa às consequências da privação do sono, pois o ato de dormir representa um período essencial para a manutenção dos linfócitos e produção de anticorpos fundamentais para debelar possíveis infeções aquando da exposição a vírus e bactérias que atacam o nosso organismo.

A acção reparadora do sono e consequentes benefícios no rendimento obtido ao nível da atividade desportiva e na redução de lesões é atestada por estudos de comprovada idoneidade.

Alterações no sono poderão ser consequência das baixas concentrações de serotonina, hormona que estimula regiões no cérebro que controlam o sono e o despertar.

Costuma dizer-se que os gatos têm sete vidas, pois neles, como em nós, o corpo precisa de energia para funcionar e, para ter energia, é necessário dormir bem.

 

Equipa EPS do AEJD
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O essencial sobre os ritmos do sono - CUF - YouTube