Dia Europeu do Melanoma 2022

Na próxima 4.ª feira assinala-se mais um Dia Europeu do Melanoma, também conhecido como "Euromelanoma".

Desde o ano 2000 que em Portugal se tem procedido à comemoração desta data, instituída em 1999, com o objetivo de alertar e consciencializar a população para os perigos da exposição solar excessiva e os danos que dela podem surgir para a pele.

Nunca é de mais recordar que os excessos praticados na infância e na juventude, normalmente, pagam-se caro a partir da quarta década de vida, e as agressões exercidas sobre a pele não escapam a esse padrão.

O melanoma é o tipo de cancro da pele mais grave, afeta pessoas de qualquer idade, sendo mais comum nas faixas etárias com mais de 50 anos e incidindo sobretudo nas pessoas de pele mais clara, nas quais a probabilidade de o contrair é 10 vezes superior à verificada nas pessoas de pele mais escura.

O número de novos casos de melanoma em Portugal, por ano, já atinge valores da ordem dos 10 mil, indicativo da necessidade de intervir com maior eficácia na prevenção primária do cancro, assente na promoção de comportamentos e hábitos de vida mais saudáveis.

Com a chegada do tempo quente, é usual depararmo-nos com a ida para a praia, à hora do almoço, de famílias com crianças de qualquer idade, certamente cientes dos malefícios da exposição excessiva ao sol. Infelizmente, este comportamento é observado em muitos outros campos, mostrando que na nossa sociedade, mesmo da parte de muitos que tiveram acesso a educação de nível superior, continua a haver um enorme défice de cidadania e uma inércia indesculpável relativamente à interiorização e mudança de comportamentos.

No âmbito da sinalização desta data, o Núcleo Regional do Sul da Liga Portuguesa Contra o Cancro irá realizar uma ação de Rastreio de Cancro de Pele, a decorrer nos dias 9, 10 e 11 de maio entre as 17h e as 20h, nas suas instalações na Rua Prof. Lima Basto, 1099-023 Lisboa (IPO - Edifício Lar de Doentes - Piso 1). De referir que a realização do rastreio é aconselhável a quem tenha algum dos seguintes fatores de risco para cancro de pele:
• Profissão que implica grande exposição ao sol;
• História pessoal de cancro de pele;
• História familiar de cancro de pele;
• Mais de 50 sinais na pele;
• Fototipo baixo (pele clara; olhos claros (azuis/verdes); cabelo claro (loiro/ruivo)).

A sabedoria popular diz-nos que de pequenino se torce o pepino e outros dirão que se torce o destino, passando a perna ao melanoma através da aquisição de hábitos saudáveis de exposição ao sol desde criança, pois, como também diz o povo, o que berço dá a tumba o leva, e como tal os bons hábitos tendem a perdurar por toda a vida.

Para a identificação do melanoma deve fazer-se com regularidade um autoexame da pele, verificando ao nível dos sinais o tamanho, a forma, o bordo, a cor e o espessamento, com base na aplicação da regra ABCDE:
A: Assimetria (a forma do sinal é irregular, não redonda)
B: Bordo (o contorno do sinal é irregular, mal delimitado)
C: Cor (o sinal não apresenta uma cor uniforme, tem várias cores)
D: Diâmetro (o diâmetro do sinal é superior a 5 mm)
E: Espessamento recente.

A luta contra o cancro é um combate que exige determinação e disponibilidade para alterar hábitos e comportamentos menos saudáveis. Só será eficaz se nos consciencializarmos de que não é uma situação que só acontece aos outros, pelo contrário, requer a colaboração de todos, e perante a qual não dá para assobiar para o ar.

 

A Equipa de EPS do AEJD

 

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