Dia Europeu do Melanoma 2024

Com a chegada do mês de maio, eis-nos a assinalar mais um Dia Europeu do Melanoma, também designado como "Euromelanoma".

A celebração desta data, em maio, tem como objetivo primordial relembrar as populações e, em particular, as que possuem uma pele de tons mais claros para os perigos da exposição solar excessiva e os danos que dela podem surgir para a pele.

Está a tornar-se cada vez mais frequente a manifestação do melanoma em jovens adultos a partir dos 30 anos. Esta situação deriva de comportamentos resultantes de uma certa leveza no encarar da vida e no querer vivê-la como se o futuro tivesse que ser vivido já hoje, não levando em conta que só a dose certa de sol é boa para a pele e ajuda a preservar a vida.

Como em tudo na vida, a prevenção é o melhor remédio, com a vantagem de, normalmente, não ser necessário pagar por ela. Acontece que esta verdade comezinha só é assimilada, na maioria das vezes, a destempo, quando os efeitos dos comportamentos menos adequados na relação entre o sol e os indivíduos, já se encontram estabelecidos. É assim que ao longo das últimas quatro décadas, a incidência do melanoma tem vindo a aumentar de forma rápida e consistente.

Segundo a Organização Mundial de Saúde os cancros da pele afetam anualmente 3 milhões de pessoas, sendo o melanoma cutâneo o mais agressivo.

Costuma dizer-se que Talleyrand teria dito sobre os Bourbon: “Não aprenderam nada, não esqueceram nada” relativamente aos acontecimentos subsequentes à revolução francesa, pois também a pele “não esquece” as agressões a que esteve submetida nos verões da infância e adolescência, por via da exposição solar excessiva, um dos fatores de risco mais importantes para o desencadear do melanoma anos mais tarde. É verdade que naqueles esplendorosos anos da juventude, em que nem mesmo o céu era um limite, era fácil esquecer que os excessos da vida raramente deixam de ser cobrados.

De mansinho, o melanoma surge, quase sempre, como aquela conta surpresa que se julgava não ser preciso pagar ou que sê-lo-ia por outros, um combate que exigirá toda a força anímica que seja possível mobilizar.

Se de pequenino se torce o pepino, também desde cedo as crianças devem ser ensinadas a usufruir dos benefícios do sol e a precaverem-se dos seus malefícios, o que pressupõe a adopção de comportamentos e hábitos de vida saudáveis, como os preconizados pelo INEM a propósito dos cuidados a ter na prevenção das queimaduras solares.

A dose de sol diária tem que ser tomada na devida medida, pois de outro modo, os benefícios para a saúde, como a fixação da vitamina D fundamental para a absorção do cálcio, serão anulados por um sem número de malefícios, de que se destacam as queimaduras na pele, o envelhecimento precoce, os problemas na visão e o cancro da pele.

Cabe a cada um de nós zelar pela sua saúde e estar atento ao surgimento de alterações que a possam por em causa. Nessa ação preventiva insere-se a realização com regularidade do auto exame da pele, que passa pela aplicação da regra ABCDE, bastante útil para diferenciar a aparência dos nevos (sinais do corpo) de lesões pigmentadas com aparência diferente, relativamente ao tamanho, forma, bordo, cor e espessamento.
A: Assimetria (simétrico/assimétrico)
B: Bordo (regular/irregular)
C: Cor (única/múltipla)
D: Diâmetro (o diâmetro do sinal é superior a 5 mm)
E: Espessamento (alteração recente do aspeto)

O melanoma cutâneo está a tornar-se um grave problema de saúde pública, estando a surgir anualmente cerca de 1500 novos casos em Portugal.

Contra o melanoma cutâneo, agora que chegou maio e o verão está à porta, a palavra de ordem só pode ser: PROTEGER…PROTEGER…PROTEGER.

 

A Equipa de EPS do AEJD

 

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